Um número crescente de estudantes vem enfrentando a exaustão, ansiedade e o desânimo em sua vida universitária, porém sem saber que estão enfrentando uma síndrome, tentam lidar de forma prejudicial com o Burnout.
Quarta, 05 de junho de 2024
(Foto: Freepik)
O que é Burnout?
É uma síndrome caracterizada pelo esgotamento gerado na maioria das vezes pela exaustão no trabalho, porém o número cresce cada vez mais entre os universitários.
O Burnout pode ser caracterizado de várias formas entre os estudantes. Por exemplo, exaustão emocional, que geralmente
se intensifica ao longo do curso, descrença ou dúvida, quando o aluno passa a ter faltas frequentes, desatenção nas aulas, causado pelo cansaço excessivo, e menor dedicação aos trabalhos e atividades. E é válido lembrar que todos esses fatores afetam diretamente o desempenho acadêmico.
“Durante a pandemia, eu cuidava da gestão de uma escola, e o cansaço foi se acumulando
a um ponto em que entrei em um processo tão grande de
esgotamento que desenvolvi Burnout. Isso acabou acarretando
depressão e me levou a uma tentativa de suicídio”
Burnout: como reconhecer os sinais?
Sinais:
Cansaço excessivo:
Sabe quando mesmo após dormir por horas o seu corpo ainda acorda cansado? Isso também pode ser um sinal de Burnout, pois com o esgotamento emocional, nosso corpo não consegue se recuperar adequadamente durante o sono e assim ele afeta nossa energia mental e física, deixando-nos sem ânimo para enfrentar a rotina do dia a dia.Dores de cabeça frequentes:
As dores de cabeça se dão por conta do desequilíbrio na rotina do sono e na alimentação inadequada, e muitas vezes acabam ocasionando em enxaquecas crônicas. Além disso, o Burnout também pode causar problemas gastrointestinais e até mesmo crises de asma. Por conta desses problemas de saúde, o universitário passa a ter dificuldades de concentração, frequência nas aulas e desânimo para os estudos no geral.
Desmotivação e desânimo com os estudos:
Ao longo do desenvolvimento do curso, os alunos podem passam a ficar desmotivados com as aulas, e sem ânimo para realizar os projetos. Por conta do estresse excessivo e do acúmulo de demandas dentro da universidade, pode ocasionar em ansiedade, gerando gatilhos e padrões comportamentais similares ao da síndrome. O interesse e o desempenho passam a cair, resultando em um Burnout acadêmico. É importante observar que esse tipo de esgotamento não é caracterizado apenas por um boletim ruim, mas sim na vida pessoal e profissional. Seja na dificuldade de desenvolver a sua criatividade ou na cobrança excessiva consigo mesmo.
Dificuldade de concentração:
O estudante passa a desenvolver uma dificuldade maior em se concentrar nas tarefas relacionadas ao curso, tendo problemas em manter o foco nos projetos acadêmicos.
Sentimento de derrota, fracasso e insegurança;
Quando enfrentamos todos os fatores acima, dificilmente não nos sentimos fracassados. A dúvida se fizemos uma boa escolha de curso, ou se só não estamos perdidos se torna cada vez mais frequente, e com tudo isso vem a insegurança.
Um dos pontos mais importantes que a faculdade cobra, é que o mercado de trabalho precisa de bons profissionais, mas lembre-se, profissionais doentes mentalmente não conseguem entregar um bom trabalho, mesmo que tentem ao máximo. A sobrecarga é capaz de nos desestabilizar, então não pense duas vezes antes de priorizar sua saúde mental.
Como os universitários podem evitar o Burnout?
(Foto: Freepik)
É importante a compreensão de que o descanso é necessário, e não deveria causar nenhum sentimento de culpa ao descansar. Pode parecer absurdo, mas muitos universitários se sentem culpados quando não estão dedicando e realizando demandas acadêmicas em momentos que deveriam ser voltados para o lazer.
Para evitar o Burnout tenha uma rotina mais leve, dando importância para outros aspectos da sua vida, como: dormir bem, hora para estudos e hora para o lazer, uma boa alimentação, e tudo que envolva uma rotina saudável. Lembrando que o tratamento da síndrome deve ser feito também com ajuda de médicos especializados. Procure um psicólogo o quanto antes. Além dessa ajuda profissional é importante que o estudante receba o apoio de seus familiares, amigos e colegas de sala, para que seu tratamento seja eficaz e com uma recuperação completa.
"A ajuda da psicóloga foi essencial para a minha recuperação. Com uma abordagem comportamental, ela cuidou da minha saúde mental, me encaminhou ao psiquiatra e orientou mudanças importantes no meu comportamento e na minha rotina. Ela me incentivou a caminhar, praticar esportes e até mesmo mudar de ambientes que me levavam a pensar no suicídio. Graças ao seu apoio e orientação, consegui reencontrar um caminho para a recuperação."
Jonathan Domingues, professor e estudante de psicologia.Checklist para prevenir o Burnout:
Organize sua rotina, para evitar a sobrecarga!
Dormir não é lazer, é necessidade. Entenda os sinais que seu corpo dá.
Exercício físico vai melhorar sua qualidade de vida. E tudo é válido, o importante é começar!
Crie metas reais, pois a frustração pode fazer com que você seja muito cruel com si mesmo.
Evite negatividade, ela só contribui para a sua pressão mental aumentar.
Converse! Você não precisa carregar essa bagagem sozinho (a).
Não se automedique, os profissionais de saúde estão aqui para te auxiliar em todo o processo!
Lembre-se que pequenas mudanças de hábitos podem te ajudar!